Agricultores, representantes de indústrias de mineração e fertilizantes, assim como grupos de pesquisa em solos e mineralogia participaram do II Curso de Remineralizadores de Solo. O encontro aconteceu na quinta-feira, 28/4, no Museu da Pedra Egisto Dal Santo, durante a programação da EXPOSOL 2016.
O evento teve como objetivo apresentar o cenário atual da questão dos remineralizadores de solo, por meio da contribuição de seus diversos atores. Na ocasião, também foi apresentado os resultados de pesquisa recente com basalto oriundo de minas de geodos de ametista.
Esta é uma das atividades do projeto “Transformação de resíduos da mineração como artefato de concreto e remineralizadores de solo”. A pesquisa, que é desenvolvida pela Universidade de Passo Fundo, conta com recurso da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado do Rio Grande do Sul.
De acordo com Clarissa Trois Abreu, que é pesquisadora da UPF e uma das organizadoras do curso, a pesquisa utilizou o rejeito de basalto das extrações de Ametista do Sul. “O projeto iniciou entre meados de 2015 e 2016 e desde então já conseguimos realizar a caracterização mineralógica e química, bem como alguns experimentos”, informou.
Este resíduo já foi aplicado em campos nativos, bem como em cultivos de soja e trigo. “Já obtivemos resultados positivos, especialmente no campo nativo, onde observamos a redução da acidez do solo, fazendo com que haja uma melhor absorção de nutrientes. Agora continuamos as pesquisas para obter mais respostas”, assinalou.
Durante o II Curso de Remineralizadores de Solo, atuaram como palestrantes: Engenheiro de Minas da Coogamai, Anderson Oliveira; Engenheiro Agrônomo da Cooperbio, César Alexandre Bourscheid; representantes da empresa Fida, Paulo Anversa e Alexandre Rosso; e com o professor da UPF, Edson Campanhola Bortoluzzi.