O professor Carlos Alberto Forcelini, pela segunda vez, foi convidado pela Coagrisol para palestrar durante a programação da EXPOSOL 2016. O evento aconteceu na quinta-feira, 28/4, e abordou como tema “Manejo das doenças da soja 2016/2017 e o resultado da safra 2015/2016”.
De acordo com o palestrante, na safra 2014/2015 foi um ano com muita doença. “Agora, houve um aumento, especialmente da ferrugem, em razão da boa ocorrência de chuva durante todo o verão e também por conta do inverno fraco que teve em 2015 e que não eliminou boa parte da soja guaxa que ficou, que é por onde começam as doenças”, ponderou.
Outra característica desta sagra é a diferença de produtividade, que foi de 30 a 35 sacos por hectare entre as sojas bem manejadas e as que tiveram um controle deficitário da doença. “A utilização de bons fungicidas, dentro de um programa de manejo correto, isso gerou um resultado positivo para o produtor. A média de aplicações chegou até cinco aplicações”, informou.
Já a produtividade chegou em 80 sacos por hectare, o que na opinião de Forcelini é muito boa, desde que os controles tenham sido bem realizados. “Tem casos que esta média ficou em 50 sc/há, mesmo o produtor usando fungicidas. Isso demonstra que existem diferenças nos produtos, por isso é importante estar sempre atento as mudanças e em contato com a assistência técnica de sua cooperativa”, aduziu.
Um exemplo usado pelo palestrante foi um caso grave existente no Brasil de resistência dos fungos causadores de doenças, especialmente a ferrugem. “Muitos produtos tradicionais que usávamos no passado, que tinham bons resultados, hoje não tem mesmo resultado. É importante saber quais funcionam bem, onde é necessário trabalhar com intervalos seguros, que é de 15 dias no máximo”, finalizou.